IÊMEN: A HISTÓRIA DE UM PAÍS DIVIDIDO

IÊMEN: A HISTÓRIA DE UM PAÍS DIVIDIDO

O Iêmen é um país localizado no Oriente Médio, mais especificamente, no sul da península arábica. O país faz fronteira com Arábia Saudita e Omã e possui uma economia dependente da produção de petróleo, assim como seus vizinhos. A localização do país, com acesso ao mar vermelho e ao golfo de Áden, torna a região uma rota marítima importante para a dinâmica comercial, principalmente do petróleo. Até 1990, o Iêmen era dividido em dois países, Iêmen do Norte e Iêmen do Sul. O local já foi uma das regiões mais ricas do Oriente, entretanto após sucessivas invasões e conflitos o país se tornou a nação mais pobre da península arábica e o berço da maior crise humanitária do mundo. De acordo com as Nações Unidas, 5 milhões de pessoas no país correm risco de morrer de fome.

Figura 1 – Mapa do Iêmen

Fonte: Enciclopédia Britânica

A história da divisão política no Iêmen

O Iêmen já sofreu invasões de diversos povos e impérios como: o persa, islâmico, otomano e o britânico, tal fator influenciou muito na cultura e na política do país (MACHRY, 2016).  Uma das transformações mais importantes na região aconteceu no século VII, quando o profeta Maomé começou a difundir o Islamismo no Oriente e unificou a Península Arábica. A partir daí, a religião se tornou a oficial no Iêmen. Com a morte de Maomé, em 632, o Islamismo foi fragmentado em diferentes vertentes. Tais divisões impactaram a dinâmica do Iêmen e estão entre as principais causas do conflito atual na região.

Entretanto, vale ressaltar que essas divergências só terão impacto de fato no Iêmen a partir do século XIX por intermédio de intervenções estrangeiras que literalmente dividiram o país em Iêmen do Norte e do Sul. A parte norte foi controlada pelo Império Turco Otomano e a Sul pelos ingleses. Da mesma forma que o território iemenita foi dividido entre dois impérios, duas vertentes religiosas do Islã dividiam a população: o norte majoritariamente composto por xiitas zaiditas e o Sul por sunitas chafeitas.[1] A divisão territorial do país dura mais de 70 anos e o resultado é a construção de um Estado repleto de contrastes políticos, religiosos e culturais que não chegaram ao fim nem com a unificação em 1990.

Figura 2 – Os dois Iêmens

Fonte: (Ellwanger, 2020, p. 35)

Os territórios do Norte se libertaram do controle Otomano logo no final da Primeira Guerra, período em que o Império perdeu força e se desintegrou. A partir disso, a região passou a ser controlada por um regime zaidita liderado pelo Imã Iáia Ibne Huceine. O regime durou mais de 70 anos e teve três líderes, o último deles, Muhammad Al-Badr, foi deposto em 1962 por um golpe de estado apoiado pelo presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser. O golpe será o responsável pela implementação da República Árabe do Iêmen, liderada pelo presidente Abdullah as-Sallal (ELLWANGER, 2020; MACHRY, 2016).

Al-Badr passou a tentar angariar o apoio de seus aliados tribais tradicionais e, ao mesmo tempo, os republicanos que tomaram o poder buscaram apoio externo do Egito […] A Arábia Saudita, agora governada pelo rei Faysal, considerava a presença egípcia uma ameaça, e imediatamente decidiu enviar grande ajuda militar para a guerrilha formada por al-Badr e seus apoiadores. O Reino Unido e a Jordânia também apoiaram os opositores da república, em uma tentativa de enfraquecer o poder egípcio na região, e a União Soviética apoiou o Egito enviando ajuda para os republicanos iemenitas (MACHRY, 2016, p. 55).

Diante disso, com o aumento da disputa entre monárquicos e republicanos, somado às interferências da Arábia Saudita e Egito, responsáveis por alimentar o conflito entre os grupos, uma Guerra Civil eclodiu no Iêmen do Norte. O conflito perdurou por oito anos e só chegou ao fim em 1970, quando a Arábia Saudita e o Egito chegaram a um acordo.  “O Compromisso de 1970 foi acordado entre os líderes em disputa no Norte, estabelecendo um governo republicano que, contudo, contava com a participação de facções monarquistas – o que agradou enormemente a Arábia Saudita. Foi concordado que o imã não voltaria a governar e não teria papel no novo Estado” (MACHRY, 2016, p. 56)

Os territórios do Sul, inspirados pela Revolução no Norte, começaram a lutar contra a presença estrangeira em 1963. A partir daí são criadas duas frentes que passaram a disputar o poder na região: A Frente pela Libertação do Iêmen do Sul Ocupado (FLISO), apoiada pela Egito e como forte envolvimento na Revolução do Norte, e a Frente de Libertação Nacional (FLN), formada por grupos indígenas e tribais (MACHRY, 2016). A ação dessas organizações causou uma Guerra Civil, no Iêmen do Sul, que obrigou os ingleses a se retirarem. O conflito durou apenas quatro anos, diferentemente da guerra no Norte, e o resultado foi a vitória da FLN e a Criação da República Popular do Iêmen do Sul, essencialmente socialista (ELLWANGER, 2020; MACHRY, 2016).

 O fim das guerras civis nos territórios do norte e do sul não representam, necessariamente, o fim dos problemas no Iêmen. Pelo contrário, ambos os países continuaram com disputas internas, em grande parte causadas por desacordos em relação a quem governaria as regiões. No Iêmen do Sul, conturbações políticas geraram ramificações dentro da FNL que transformou a frente no Partido Socialista Iemenita  (PSI) e a República Popular do Iêmen do Sul se tornou a República Democrática Popular do Iêmen (RDPI). “Essa mudança de nome desagradou o governo em Sanaa, uma vez que dava a impressão de que Aden não mais se considerava a capital de uma parte de Iêmen, a saber, o Iêmen do Sul, conforme o nome anterior sugeria, mas sim do Iêmen inteiro” (MACHRY, 2016, p. 58).

Processo de Unificação

As diferenças entre o Norte e o Sul se acentuaram cada vez mais. Em 1979 houve um confronto entre os dois países por conta de questões territoriais e fronteiriças. A principal problemática estava relacionada à localização de poços de petróleo e foi isso um dos principais motivadores da unificação entre os dois países. A descoberta de petróleo e gás natural na fronteira entre o Norte e o Sul, mais especificamente em Marib e Shabwa, cujo os limites não eram bem definidos, ampliou as discussões em torno da união entre os dois Iêmen. Uma vez que para explorar os campos de petróleo os dois países teriam que disputar o domínio das regiões, o que não seria vantajoso. Nesse período, Ali Abdullah Saleh estava no governo do norte e foi facilitador desse processo de unificação.

Saleh era ágil politicamente, e soube negociar a conciliação com os mais variados grupos políticos da região. Com sua sagacidade, foi capaz de concentrar progressivamente mais poder em sua posição, e, consequentemente, conter o avanço da oposição. No âmbito internacional, Saleh estreitou as relações do seu governo com a Arábia Saudita e países do Ocidente, realocando seu país como uma importante figura, na estrutura do petróleo. Quanto ao Iêmen do Sul, demonstrou grande desejo pela unificação dos dois territórios, entretanto, ainda havia fortes descrenças a serem derrubadas (ELLWANGER, 2020, p. 34)

Diante disso, em 1990, os dois países chegaram a um acordo em prol da união. A fórmula da transição foi pensada de modo que o poder entre o norte e o Sul ficasse equilibrado. Como a população do norte era, e continua sendo, maior do que a do sul, Sanaa se tornou a sede do governo e  Saleh foi escolhido como presidente interino e seu vice foi o representante do sul e líder do PSI, Ali Salim al-Beidh (DAY, 2010). Entretanto, essa divisão de poderes não conseguiu superar as antigas desavenças. Enquanto isso, a ideia de Iêmen enquanto uma Nação não conseguia ser estabelecida, uma vez que Saleh continuava visto como defensor dos interesses do Norte e Al-Beidh do Sul, não havia entre eles um consenso sobre como governar um único Iemen. Nesse ínterim, as tensões entre o   Partido  Congresso  Popular (Partido de Saleh) e o PSI direcionaram o país para uma guerra civil, quatro anos após a unificação. 

A partir daí mais conflitos surgem. Saleh não só perde a confiança no sul como também o controle das questões tribais do norte. A crise economia que instalou no país gerou protesto e parte de tribos do norte que acusaram o governo de Saleh de negligência. Outro aspecto que fará com que o líder perca ainda mais força será o fato dele ficar do lado dos Estados Unidos quando o país deu início a sua suposta “guerra ao terror”. Vale ressaltar, que a maioria absoluta da população do Iêmen é árabe muçulmana e a guerra norte-americana foi direccionada a esse povo e a essa religião.

O declínio do Estado Iemenita

Nesse contexto, um evento que será marcante para a explicar a situação atual do país acontecerá no norte do Iêmen, em 2004, na província de Saada. O local será palco de uma rebelião cuja causa é uma soma de todos os problemas narrados ao longo deste texto. Os revoltosos de Saada eram liderados por Hussein al-Houthi, filho de um clérigo Zaidita famoso. O grupo já era conhecido nessa área devido a criação do “Fórum da Juventude Crente” (al-Shabaab al-Mu’minin) que defendia a restauração do Imanato Zaidita no Iêmen. Contudo, só ganharam mais visibilidade por causa dos protestos de 2002. Na ocasião, os seguidores de Al-Houthi saíram gritando das mesquitas: “Morte à América! Morte a Israel! Deus é grande!” como forma de se opor ao alinhamento do país aos EUA na “guerra contra o terror”. Foi a partir desse momento que passaram a se identificar como “Partidários de Deus” – Ansar Allah (DAY, 2010; ELLWANGER, 2020; MACHRY, 2016). 

Nesse contexto, em 2004, o grupo entrou em confronto armado contra o governo de Saleh. Durante o evento, Hussein al-Houthi foi morto, o que inflamou ainda mais a revolta (DAY, 2010; ELLWANGER, 2020; MACHRY, 2016). “A partir desse momento, muitos outros embates com as tropas do governo ocorreriam – mais precisamente, de 2004 até 2010, foram seis confrontos armados, fato que levou muitos autores a usarem o termo ‘Guerras Houthis’ para se referirem ao período” (MACHRY, 2016, p. 90)

Enquanto as Guerras Houthis ocorriam no Norte, um movimento separatista se organizava no Sul. O Al-Hirak, como ficou conhecido, começou de forma pacífica e  cobrava do governo mais investimentos no sul. Entretanto, o governo começou a responder de forma violenta aos protestos. Diante disso, como destaca Ellwanger (2020, p. 45), “com as respostas agressivas por parte de Saleh, os representantes do al-Hirak passaram a sustentar intensamente a ideia de secessão, sendo denominados componentes do “Movimento Separatista do Sul”. Esse movimento tornou-se não só um obstáculo ao governo, mas uma potencial ameaça ao desfazimento do Estado iemenita.”

A partir daí, o Estado teve que lidar com dois grandes movimentos de oposição, o Houthi no norte e o al-Hirak no sul. Somado a isso, havia ainda a notável presença da Al-Qaeda no país representada pela base denominada de Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA). Todos esses fatores, juntamente com a interferência estrangeira, do Irã e da Arábia Saudita, transformam o Iêmen em um estado totalmente fragmentado (ALBERTINE e SILVA, 2020).

Primavera Árabe

Com a chegada da Primavera Árabe, em 2011, que atingiu vários países da África e da Ásia, inclusive o Iêmen, a situação no país se tornou ainda pior e o governo, sem condições de resistir às manifestações, foi obrigado a recuar. Diante disso, em 2013, Saleh cede o cargo de presidente a seu vice, Abdrabbuh Mansour Hadi, após mais de 23 anos no governo (1990-2013). Ao todo, considerando o período em que Saleh esteve apenas como presidente no Iêmen do Norte (1978), antes da unificação, foram 35 anos no poder (ELLWANGER, 2020).

O compromisso do novo presidente era então estabelecer um processo de transição do país para uma democracia e o primeiro passo era a criação de uma Constituição. Foi nesse contexto que Hadi criou a Conferência do Diálogo Nacional (CDN) a fim de discutir a elaboração do texto constitucional e a divisão federativa do país (ZIMMERMAN, 2014).

A maior dificuldade de Hadi foi então pensar em como ficariam divididos os territórios no país. Os sulistas queriam um estado apenas com duas divisões, mas isso poderia implicar em um novo movimento separatistas. Enquanto isso, o Norte pressionava o governo para criação de seis regiões, das quais apenas duas estariam localizadas ao sul. Foi então, que em 10 de fevereiro de 2014, o CDN aprovou a federação composta por seis regiões. Entretanto, Sanaa – capital – não foi incluída em nenhuma delas e Aden, antiga capital do Iêmen do Sul, teria um status econômico especial. Logicamente, a proposta foi recusada tanto pelos Houthis quanto pelos sulistas (ZIMMERMAN, 2014).

Figura 3 – Seis regiões propostas por Hadi

Fonte: (ZIMMERMAN, 2014, p. 4)

Crise humanitária

Inconformados com as decisões do novo governo, que recebia apoio tanto da Arábia Saudita quanto dos EUA, os Houthis atacaram a capital do país e tomaram o poder em setembro de 2014. Nesse contexto, rompe-se as alianças firmadas por Hadi com os governos Saudita e estadunidense e a partir daí, o país entrou oficialmente em uma Guerra Civil, envolvendo diversos atores internacionais.

Os houthis, ao se posicionar contra o governo, declararam guerra também contra seu principal apoiador a Arábia Saudita. A guerra então começa quando a Coalizão Saudita, apoiada pela França, EUA e Reino Unidos e composta pela Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein, Sudão, Egito, Jordânia e Marrocos, ataca o Iêmen para restaurar o governo de Hadi e desmantelar o domínio Huthi na região (ALBERTINE e SILVA, 2020). Será nesse momento que o Irã entrará no conflito e apoiará militarmente os Houthis.

Diante disso, é importante notar que o conflito do Iêmen não é simplesmente uma disputa de poder, mas uma batalha entre duas vertentes religiosas islâmicas: xiitas e sunitas pelo controle golfo pérsico/arábico. Os houthis enquanto xiitas representam uma ameaça às monarquias sunitas (Arabia Saudita) e seus apoiadores, o que por sua vez os tornam importantes aliados do Irã na projeto de expansão do “crescente xiita”[2] pelo oriente.

Logo, nesse conflito tem-se duas potências islâmica, Arábia Saudita e Irã, competindo pelo controle “do mundo do petróleo e do mundo muçulmano”(CARVALHAES, 2021, p. 8). Porém, enquanto um grupo é alinhado aos interesses “ocidentais”, o outro luta contra qualquer tipo de influência ocidental no Oriente Médio. Nesse contexto, a vitória de um dos lados pode alterar toda a dinâmica global do comércio de petróleo. Desse modo, foi exatamente esse jogo de interesses entre diversas potências, ocidentais e orientais, que tornou a guerra do Iêmen palco da pior crise humanitária do mundo.

Os ataques aéreos promovidos pela coalizão Saudita transformaram grande parte do país em ruínas e milhares de civis foram mortos. De acordo com as Nações Unidas quatro milhões de pessoas estão desabrigadas e 13 milhões estão em situação de insegurança alimentar. Antes mesmo da Guerra civil 90% dos alimentos do país eram importados e hoje, com os bloqueios marítimos 5 milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome. Além disso, dois terços da população está dependente, exclusivamente, de assistência humanitária (NAÇÕES UNIDAS, 2021).

A guerra, também de acordo com as Nações Unidas, afeta hoje 80% da população no país que sofre com uma gigantesca escassez de alimentos. De acordo com o Relatório elaborado pelo grupo de especialistas do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Human Right Council – HRC sigla em inglês), as forças alinhadas ao governo do Iêmen tem promovido ataques com mísseis em terras agrícolas, fazendas e em depósitos que estocam alimentos adquiridos por meio do Programa Alimentar Mundial (World Food Porogramme – WFP). Tal fato demonstra que a fome  passou a ser utilizada pelos grupos em conflito como recurso de guerra.

Os vários ataques aos depósitos não só afetaram diretamente o funcionamento do local, mas também afetaram a distribuição de ajuda alimentar, pois costumavam conter – antes do início das hostilidades em Al-Hudaydah – um quarto do estoque do WFP no país, cujo acesso parou várias vezes. Alegadamente, durante 2019, os ataques que afetaram os moinhos restringiram o acesso a suprimentos essenciais de alimentos para até 455.571 famílias. Antes do conflito, os moinhos continham cerca de 51.000 toneladas métricas, trigo suficiente para alimentar 3,7 milhões de pessoas por um mês (HUMAN RIGHTS COUNCIL, 2020, p. 36, tradução minha).

Além disso, o grupo de peritos também recebeu notificações de um ataque aéreo da coalizão, em 2018, que atingiu um caminhão-tanque que transportava água potável para uma vila e plantações do distrito de As Sawadiyah, província de Al-Bayda, uma área que não possui alvos militares conhecidos. Por causa dessa e outras denúncias, envolvendo destruição de instalações médicas e  violações de direito econômico e social, o relatório do Human Rights Council frisou que os atos praticados no Iêmen correspondem a crimes de guerras uma vez que todas as partes envolvidas impediram que a população tivesse acesso a alimentos e saúde. “Impedir voluntariamente o fornecimento de assistência é parte do crime de guerra do uso da fome como método de combate reconhecido pelo direito internacional consuetudinário” (HUMAN RIGHTS COUNCIL, 2020, p. 42, tradução minha).

A Guerra no país está longe de acabar e os registros de bombardeios continuam. Segundo informações da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), em 21 de janeiro de 2022, um bombardeio realizado pela coalizão contra uma prisão em Saada matou 82 pessoas e deixou 266 feridos. “A coalizão liderada pela Árabia Saudita vem bombardeando regularmente áreas sob o controle de Ansar Allah desde 2015 e atingiu cinco vezes hospitais do MSF e apoiados pela organização, além de muitos outros alvos civis” (MSF, 2022). Até o momento, o conflito já matou mais de 200 mil pessoas e metade desse número, segundo as Nações Unidas, é resultado de causas indiretas como falta de alimentos e serviços de saúde (UNDP, 2021).

FONTES

ALBERTINI, Maria de Lourdes Monteiro; SILVA, Bárbara Thais Pinheiro, Iêmen: A Pior Crise Humanitária do Mundo, Virtuajus, v. 5, n. 8, p. 146–174, 2020.Disponível em: <http://seer.pucminas.br/index.php/virtuajus/article/view/24153/16979> Acesso em: 27 jan. 2022

CARVALHAES, Heloah Pereira. A Disputa pela Hegemonia do Golfo Pérsico/Arábico: o “Crescente Xiita” versus o “Momento do Golfo”. 2021. Disponível em: < https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1820/1/2021.1%20Heloah%20Carvalhaes%20-%20A%20Disputa%20pela%20Hegemonia%20do%20Golfo%20P%c3%a9rsico.pdf> Acesso em: 28 jan. 2021

DAY, Stephen et al. Yemen: On the Brink. Middle East Program, n. 108, 2010.

ELLWANGER, Aléxia da Silva. Uma análise sobre a guerra civil no Iêmen. 2020. Disponível em: <https://repositorio.unisc.br/jspui/bitstream/11624/2827/1/Al%c3%a9xia%20da%20Silva%20Ellwanger.pdf> Acesso em: 27 jan. 2022

Human Rights Council. Situation of human rights in Yemen, including violations and abuses since September 2014. 2020. Disponível em: <https://www.ohchr.org/Documents/HRBodies/HRCouncil/GEE-Yemen/A-HRC-45-CRP.7-en.pdf> Acesso em: 26 jan. 2022

MACHRY, Patrícia Graeff. Afeganistão e Iêmen: condicionantes e características da crise dos estados. 2016. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/166119/001026444.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 27 jan. 2022

MSF. Iêmen: ataque aéreo mata pelo menos 82 pessoas e fere centenas. 2022. Disponível em: <https://www.msf.org.br/noticias/iemen-ataque-aereo-mata-pelo-menos-82-pessoas-e-fere-centenas/> Acesso em: 28 jan 2022

NAÇÕES UNIDAS.  Iémen: a maior crise humanitária do mundo, disponível em: <https://unric.org/pt/iemen-a-maior-crise-humanitaria-do-mundo/>. acesso em: 28 jan. 2022.

ONU NEWS. Conselho de Segurança analisa crise humanitária e ameaça de fome no Iêmen. Disponível em: <https://news.un.org/pt/story/2021/03/1743982>. acesso em: 26 jan. 2022.

UNDP. Assessing the Impact of War in Yemen: Pathways for Recovery. 2021. Disponível em: <https://www.undp.org/publications/assessing-impact-war-yemen-pathways-recovery> Acesso em: 28 jan. 2022

ZIMMERMAN, Katherine J. Yemen’s Pivotal Moment. Critical Threats Project of the American Enterprise Institute, 2014. Disponível em: <https://www.criticalthreats.org/analysis/yemens-pivotal-moment> Acesso em: 28 jan. 2022


NOTAS

[1] “Para além das questões regionais e tribais, é importante destacar também a divisão de ordem religiosa existente no Iêmen desde o final do século IX d.C.: a entre os xiitas zaiditas e os sunitas chafeítas. O zaidismo chegou no Iêmen depois do chafeísmo, em 893 d.C, e se trata de uma linha minoritária do xiismo que, atualmente, existe apenas no Iêmen. Os zaiditas se consolidaram na região de planaltos montanhosos no Noroeste iemenita pelo fim do século IX, dando início a uma longa sucessão de imãs zaiditas que perduraria até a metade do século XX. Tanto as práticas religiosas chafeítas quanto as zaiditas são consideradas moderadas dentro das tradições, respectivamente, do sunismo e do xiismo” (MACHRY, 2016, p. 50-51).

[2] Fenômeno que representa o crescimento da influência xiita pelo países do Oriente Médio

Anna Clara Oliveira

Estudante do 7ºperíodo de Relações Internacionais na Universidade Federal de Goiás e pesquisadora no programa de iniciação científica sobre milícias brasileiras, crime organizado transnacional e assemblages globais da segurança.

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